– Link para Marcia Baja exemplificando e explicando em 2018 o roteiro de 8 pontos (aprenda aqui o que significa “vazio é forma”) / continua aqui
– Link para Gustavo Gitti explicando em 2018
Seguem minhas anotações do que Lama Padma Samten ensinou durante o retiro de inverno 2014, no CEBB Viamão, RS.
Mantra: Lama Padma Samten recitando no Youtube
Na visão budista, o mundo é como um espelho que reflete o conteúdo da mente.
- 2a. Entre mente e forma (grosseiro)
- 2b. Entre mente, forma. energia, paisagem, identidade: a bolha (sutil) o aspecto secreto é o lugar de onde se olha (de fora da bolha)
7. Contemplar a magia disso. Como brota a causalidade da luminosidade,
- Prajnaparamita – Método de 8 pontos do CEBB – Marcelo Nicolodi
- Roteiro de 8 pontos da Prajnaparamita – Henrique Lemes
- Análise do texto da prajnaparamita
- João Vale – Análise e Puja
- Link para palestra do Lama em 2017 explicando o texto da Prajnaparamita
- Link para o Lama falando do roteiro dos 8 pontos em 2017 #1
- Link para o Lama falando do roteiro dos 8 pontos em 2017 #2
Sem nem sabedoria discriminativa. Não precisa nem da estabilidade. Sempre presente. Por isso os treinos em estados mais perturbados também. Não precisa ser Shamata. As formas não tiram a visão do espaço primordial e a luminosidade que dá origem e mantém as aparências vajra. Mantém-se dentro dessa manifestação livre. Dentro da mandala nem é preciso mais foco. Pode-se estar desatento.
Mandala primordial como refúgio sem esforço.
P.S.: O Roberto, do GEBB-Recreio, com base no vídeo do Marcelo Nicolodi acima, fez um outro resumo de apenas 8 pontos, que pode facilitar o entendimento. Compartilho com a autorização dele:
OBS.: Melhor evitar qualquer coisa que gere sofrimento. Ainda mais se desenvolvermos nossa prática e pudermos ver como as ações pequenas podem causar um sofrimento enorme, justamente pela vacuidade de tudo aceitar qualquer luminosidade. Em nós mesmos pelo carma ou diretamente na outra pessoa. Exemplo: você trai e a pessoa e ela se mata por causa disso… Imagine o carma negativo gerado para ambos! A visão de Prajna aumenta nossa responsabilidade ética e não o contrário (“Vale tudo, se é tudo vazio”).
olhamos as coisas e não as vemos. olhamos as coisas e não nos vemos. sem esta separação entre sujeito e objeto nem há linguagem. sem o silêncio primordial, surgem conceitos duais…
olhamos a parede e não vemos o tijolo que a constitui. parece óbvio: parede. parece sólido. é automático. olhamos o tijolo e não vemos o barro de que é feito… assim vai até o infinito.
uma carroça é suas rodas? é suas tábuas? se tirarmos uma roda, continua carroça? qual o limite do que podemos tirar para continuar carroça? e o raciocínio oposto: se juntarmos rodas e tábuas, quando começa a ser carroça? a carroça está no nosso olhar e não percebemos.
linhas traçadas num papel em duas dimensões formam em nós a experiência de um cubo em três dimensões. e nem assim notamos que participamos do que vemos, surgimos junto, criamos junto.
por isso, se estamos num avião caindo sentimos medo. não vemos que não há nem o avião sólido, nem o eu sólido.
fora desta separação, fora do sonho, sem cessar, sem nascer nem morrer, a felicidade verdadeira, incondicionada. silenciosa de conceitos, se reconhecendo lentamente a si mesma em pequenos insights no meio destas letras.
(Fabio Rocha – baseado em vários ensinamentos budistas, do Lama Padma Samten e dos tutores do CEBB)